sexta-feira, 29 de abril de 2016

Workshop de Lomografia e Fotografia Analógica

Foto por Philippe Machado

Nesse 2016 resolvi tomar vergonha na cara e riscar algumas resoluções de ano novo que se repetiam nas minhas listinhas ano após ano. Uma delas foi organizar e aprimorar meus aprendizados de fotografia. Tinha feito o "Básico 1" do Ateliê da Imagem (site oficial aqui) em 2013 e meio que deixei as anotações perdidas. Aos poucos fui deixando a preguiça vencer e voltando ao modo automático - e à conseqüente frustração com os resultados.

Depois de me mudar, estava correndo atrás de recuperar as anotações do curso e de catar recomendações de livros e vídeos sobre o assunto quando a newsletter do ateliê me encheu de empolgação: iam fazer um Workshop de Lomografia!

Falei grego agora, né? Bom, para quem não conhece, lomografia é algo em torno de:
(...) uma organização globalmente ativa dedicada à fotografia experimental e criativa. Com milhões de seguidores e amigos em todo o mundo, o conceito da Lomography engloba uma forma interativa, vívida e as vezes até turva e louca da vida. Através da nossa coleção de câmeras inovadoras, produtos instantâneos, filmes, lentes e acessórios fotográficos em constante expansão, promovemos a fotografia como uma abordagem inovadora para comunicar, absorver e capturar o mundo. (Fonte: www.lomography.com.br
Câmeras usadas no workshop

"Pera, eu li filmes?" Sim, meu caro leitor. As câmeras lomo são a n a l ó g i c a s. Mais do que isso até, mecânicas, sem nenhum circuitinho interno para dar mau contato. Algumas têm até lente de plástico - e a maioria delas parece de brinquedo. Ou seja, pode levar para onde você quiser sem medo. Pode até tirar mais fotos sem medo, porque algumas pessoas não vão nem achar que você tá tirando foto de verdade.

Eu ganhei minha "la Sardina" em 2011 quando fiz minha primeira viagem com o Bê. Foi presente dele e até hoje tenho foto dessa viagem (tirada com essa câmera) em porta retrato. Mas depois de umas brincadeiras iniciais - principalmente envolvendo os filtros de flash coloridos, acabei transformando ela em um objeto de decoração. Triste né?

por mais linda que seja, minha lomo NÃO é um objeto decorativo

Mas essa retomada de contato com a lomografia foi o empurrão que eu precisava para me reapaixonar por foto. As máquinas tem pouquíssimos ajustes de foco, abertura e/ou velocidade (acredito que a minha seja a com menos ajustes de todas, basicamente só foco "perto" e "longe") mas são quase todas feitas para você brincar com múltiplas exposições, tempos longos de exposição e uma infinidade de ideias criativas. É pra se jogar mesmo.

Barquinhos e rosa dos ventos na urca - Câmera Sprocket Rocket

Serviu também para colocar alguns conceitos que pareciam abstratos nas aulas teóricas de fotografia bem esmiuçados na cabeça. Como por exemplo o conceito de que luz se soma, então não adianta tirar foto de algo branco e querer registrar mais informação por cima daquele pedaço já sensibilizado de filme (vide acima a diferença das pedras portuguesas).

E foi muito bom brincar com texturas e sobreposições, mesmo que algumas ficassem um pouco over.


 Não se enganem, tive muuuuuuitas dificuldades que são puras bobeiras para quem viveu bem os tempos do filme. Me enrolei toda para colocar o rolo na câmera, avançar as fotos, me tocar que o que a gente enquadrava no visor não era exatamente o que a lente iria capturar...

Olha esses pézinhos, parece foto de instagram! Pena que não era o que eu queria...

Mas no final foi um excelente exercício de criatividade. De se aproximar com uma grande angular, de inverter o sentido da panorâmica, de duplicar o objeto...

Olha minha lomo refletida :D
Ah, esse coqueiro que dá côco!

Sandubão de pão de açúcar

Valeu muito a pena. Desde então já levei minha lomo para passear - ainda fazendo muita besteira, mas quase chorando de emoção quando algo fica legal.

Como uma onda no mar - última conquista lomográfica. Estou dando pulinhos até agora com essa foto!

E se quiser ver coisa boa de verdade, podem checar as fotos do prof. Philippe Machado aqui na página dele no portal da Lomography :) Estou criando coragem para fazer uma minha também, já que lomografia é amor sem preconceito com iniciantes ;)


domingo, 24 de abril de 2016

Tipo Colômbia

Como falei aqui, estou querendo setorizar esse blog em roteiros de viagem - o que tem ocorrido bem aos pouquinhos, mas um dia a gente chega lá!

Então vim nesse post dar aquela organizada em tudo que falei sobre Colômbia.
Não vai ficar tão bonitinho quanto os roteiros do Vale do Loire e do Oeste Americano, pois não foi uma linda viagem de férias senão dois períodos a trabalho.

Mas vamos então ao tradicional mapinha:

Bogotá, Cartagena e Bucaramanga

Faltou conhecer muita coisa da Colômbia, mas deu para ter uma amostra da vida noturna bombante, arquitetura colonial lindona, parques de aventura e claro, do delicioso mar caribenho.

De Bogotá falei com destaque das seguintes atrações:
Andres D.C.

Para Cartagena fiz um post que falava da cidade intra muros mas também mencionei:

Mar Caribenho

Já sobre Bucaramanga só deu mesmo para falar do Panachi (Parque Nacional del Chicamocha) já que a cidade em si não é muito turística.



Além desses posts sobre os lugares que visitei, falei um pouco sobre café e hambúrgueres nesse post sobre cadeias de estabelecimentos colombianas.

É isso aí, em breve apareço com os roteiros do Sul dos EUA e o combo Calábria - Sicília por aqui :)

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Panachi


Embora em minha primeira temporada a trabalho na Colômbia eu tenha conseguido aproveitar para conhecer um pouco de Bogotá e Cartagena, na segunda vez que fui fiquei em um esquema mais complicado.

Fui para Bucaramanga, uma cidade que é mais próxima da Venezuela que de Bogotá e, pelo menos em 2012, considerada bem menos segura que as outras cidades que visitei.



Praticamente só saía do hotel para trabalhar e voltava, segundo orientações da própria empresa que me recebeu. Talvez um pouco de exagero, não sei... Os locais (ditos bumangueses, porque bucaramangueses é demais até pros nativos) pareciam ter vida normal. Mas a verdade é que a cidade também não parecia ter muito a oferecer.

O único passeio que me recomendaram foi uma ida ao Parque Nacional del Chicamocha - ou PANACHI para os íntimos.

Parece, mas não é Comic Sans

Então combinei com Hector, o estagiário da empresa, de ir para lá num domingo de sol. Fomos no carro dele, ao som de Gustavo Lima e Victor e Léo (sertanejo universitário bombava na Colômbia em 2012).

H: O que quer dizer "Tchê tcherere tchê" em português?
L: Hmmm o mesmo que em espanhol... nada!
H: Sério? Que decepção! Aqui nós cantamos "Quien quiere leche, quien quiere leche"

Depois de muitos tchus, tchas e tchererês (que infelizmente para o Hector não traziam nenhuma reflexão filosófica por trás) chegamos ao esperado Panachi!



O parque foi bastante surpreendente! Paisagismo e esculturas trabalhados por todo canto, em uma estética que combinava com o calor exacerbado que sentíamos.

Escultura árida


Cuca fresca! Gotículas de água caíram bem

Foram muitas fotos de palhaçada. Muitas mesmo.





E além do tour pelo parque, as grandes atrações: brinquedos gigantescos para diversão individual ou em dupla, para crianças e adultos. Tirolesas de grandes distâncias, escorregas à la Wet n' Wild (só que sem água) e cama elásticas à la Chucky Cheese.

I believe I can fly

Será que sem água também é divertido?

Hey, you, get off of my cloud! - Acrobacias na cama elástica poderosa

E aí o Hector selecionou um brinquedo para irmos: El Columpio!!

Apesar do nome imponente, a descrição do Hector foi super tranquila: é basicamente um balanço, só que em proporções mais elevadas. Pensei: "ah, tranquilo, balanço é brinquedo de criança.". Mas ele não mencionou que era POR CIMA DE UM PRECIPÍCIO GIGANTESCO!!!1

El Columpio e o rio lááá embaixo

Nem era de todo ruim, né? Dava para ir rolando caso acontecesse alguma coisa...

E a inocente aqui que não sabia de nada criou coragem para ir no brinquedo. "Nossa, tem que colocar equipamentos tipo de Bungee Jumping antes de entrar?"
Sabe de nada, inocente


Sento na cadeira e percebo que não vai ser tão tranquilo assim. O operador do Columpio me tranquiliza: "a gente só sobe a cadeira até onde vocês quiserem". Bem melhor assim!

Subiram um pouquinho e pararam. "Se eu falar alguma coisa agora, vai pegar mal. Deixa subir mais um pouquinho." Subiram mais um pouquinho e eu sugiro pro Hector "o que você acha de parar aqui?". Vejo a decepção do menino e deixo subir mais um pouquinho - mas agora não tem pergunta, é direto pros caras mesmo: "TÁ BOM AQUI, OK?". E nesse ponto eles deviam estar rindo maleficamente pois não pararam de subir, e a partir desse ponto não teve mais espanhol - segui com gritaria e palavrões em português mesmo porque no desespero não rola tecla SAP.

Não parei mais de gritar até o brinquedo parar. O coitado do Hector nem conseguiu se divertir de preocupação. Mas vejam que belo esse vídeo editado onde parece que o brinquedo é PURA DIVERSÃO!



Isso é Panachi. Só para os fortes.

domingo, 17 de abril de 2016

Um pouco sobre Bogotá



Para (enfim) fechar os posts sobre a ida à Colômbia, achei que cabia falar um pouquinho mais de Bogotá. Mas infelizmente é só um pouquinho mesmo. Como já mencionei, fui a trabalho e não passeei muito, mas ainda assim o pouco que vi merecia algumas palavras.

Fiquei hospedada numa parte não muito turística da cidade, perto do parque Usaquén. Apesar de pouco turístico, todo domingo é possível visitar o Mercado de Pulgas de Usaquén, onde se pode comprar lembrancinhas e afins.

Mauricio (que foi comigo a trabalho) e seu amigo brilhante (feirinha ao fundo)

Pulseirinhas patrióticas que comprei na feirinha

Além de conhecer a região do hotel, fizemos questão de passear por Monserrate (infelizmente com tempo feio), visitar o Museo Botero e o Museu do Ouro e ir na filial do Andres em Chia (onde foi tirada a foto do começo desse post). Com isso - e minha decisão de passar um fim de semana em Cartagena - tivemos que deixar de lado atrações importantes como a Catedral de Sal. 

O que conseguimos ver, apesar de sem muitas fotos para registrar, foi a impressionante setorização da cidade, com "zonas" etiquetadas por suas funções. Além de partes da cidade claramente residenciais separadas das comerciais, se destacaram as famosas Zona Rosa - parte bombante da cidade cheeeia de nights, bares e lojas à la Oscar Freire - e a Zona G, dedicada à Gastronomia.

Aproveitamos elas sem muitas fotos (queria voltar no tempo e me dar uns tabefes por isso). Dentro da Zona Rosa, curtimos em especial a Zona T - nome dado ao entroncamento da Calle 83 com a Carrera 12a, que forma justamente uma letra T!

Vejam que dá para ir andando para o Andrés D.C,!

As ruas, fechadas para pedestres, estavam decoradas de cima a baixo com luzes de natal. Paramos em um Irish Pub (foi o mais fácil de entrar, afinal, essa região bomba) e curtimos os arredores.

Feliz Navidad, prospero año y felicidad

Mauricio e Leo no Irish

Ausência de foco compensada pela alegria

Vai ser preciso voltar para ver tudo o que faltou (e registrar melhor tudo que conheci), mas fica aqui uma pequena amostra da animação que a cidade carrega.