domingo, 22 de março de 2015

(Quase) Nove anos de ruivice


Há oito anos e meio, fui ao salão com um frio na barriga: ia pintar meu cabelo de vermelho. Muitas amigas já tinham passado por essa experiência e eu ficando só na vontade, era tempo de mudar.

Semana passada voltei a sentir o frio na barriga - era momento de voltar às raízes. Sim, porque continuei pintando o cabelo por quase nove anos. Assumi uma identidade ruiva, e o reality check que aquela tinta castanho escuro estava prestes a me dar parecia tão assustador quanto a primeira tingida.

Felizmente, deu tudo certo.


Mas foi engraçado ver a reação de algumas pessoas, até uma prima mais nova jurando que eu era ruiva de nascença, chocadas com a decisão de escurecer o cabelo.

Aí não resisti e vim fazer uma pequena retrospectiva desses anos enganando muita gente por aí...

Familinha amada (com a Carol, uma prima que também herdou os genes ruivos)

Claro, no começo eu não enganava ninguém. Pintei de vermelho mesmo, não ficou homogêneo, sofri muito bullying (tá boooom, foi só zoação saudável) ouvindo coisas do tipo "você sabe que essa cor não existe na natureza", me identificando com a Ariel e sendo muito rock n' roll.

O dia em que pintei o cabelo (2006) - com outra prima ruiva, a Renata!

É quando o vento sacode a cabeleira, a trança toda vermelha...


Foi uma época muito divertida, mas também envolveu muitas toalhas, roupas e lençóis manchados de tinta, horas de salão com a cabeça coçando e ardendo e meses perseguindo a colorista por diversos salões pelo Rio de Janeiro.

Até que decidi passar para um tom mais natural. Larguei minha colorista rock n' roll e não consegui encontrar ninguém que acertasse de primeira. Mas nada que o desbotamento de algumas semanas de shampoo não resolvesse.

Não estou dentro d'água, gente! Minha blusa que é verde...


Chegou o intercâmbio e a ruivice me fez ouvir muito "brasileira? até parece". Ok, não sou ruiva mesmo, mas conheço muitas ruivas naturais do Brasil, todas lindas *.*
O mundo não entende a diversidade do nosso país...

Oktoberfest

Cerimônia de Présentation au Drapeau do meu primo na École Polytéchnique

Com paizolo, rumo à Marseille

com Mommy na Provence

Me sentindo em casa em Dublin
Qual é o pente que te penteia?
Raiz rumo às mechas californianas

De volta ao Brasil, cortei o cabelo curtinho, deixei crescer, cortei de novo...

Jam session

Show da L's Angels
Com o painel dOs Gêmeos no Ibirapuera

Deu para aproveitar bem a ruivice. Agora é descansar os fios e curtir meus últimos anos sem cabelos brancos. Quando não tiver jeito e eu precisar voltar a ser dependente de salão, quem sabe o tom acobreado não volta...





Museo Botero


Quando pensei em fazer esse post, minha intenção era falar dos dois museus que visitei em Bogotá:
Mas infelizmente, quando procurei minhas fotos dessa viagem que fiz em 2011, vi que não tinha quase nada do Museu do Ouro... e eu mesma acabo lembrando de pouca coisa para contar por aqui.

Então esse post acabou dedicado ao Fernando Botero e suas gordices em forma de pinturas e esculturas.

É de pistache? *.*

Miau

Baby got back

Mas por que suas obras retratam tudo com uma volumetria exaltada? Seria uma crítica aos excessos da sociedade? Um combate à gordofobia? Ou só um fetiche mesmo?

Independente da motivação, seu estilo particular é mesmo marcante.

Gordelícia


Homenaje a La Tour (1998) retrata uma cena de natureza morta sob à luz de velas, elemento constante nas obras de Georges de La Tour, cheias de jogos de luz e sombra.





Telhados gordinhos

O museu é super agradável, em uma casa com um jardim de inverno convidativo e salas dedicadas a outros artistas, como Henry Moore e Dubuffet.


Telhados não tão gordinhos

Dubuffet

Henry Moore
Recomendo a visita!