Embora em minha primeira temporada a trabalho na Colômbia eu tenha conseguido aproveitar para conhecer um pouco de Bogotá e Cartagena, na segunda vez que fui fiquei em um esquema mais complicado.
Fui para Bucaramanga, uma cidade que é mais próxima da Venezuela que de Bogotá e, pelo menos em 2012, considerada bem menos segura que as outras cidades que visitei.
Praticamente só saía do hotel para trabalhar e voltava, segundo orientações da própria empresa que me recebeu. Talvez um pouco de exagero, não sei... Os locais (ditos bumangueses, porque bucaramangueses é demais até pros nativos) pareciam ter vida normal. Mas a verdade é que a cidade também não parecia ter muito a oferecer.
O único passeio que me recomendaram foi uma ida ao Parque Nacional del Chicamocha - ou PANACHI para os íntimos.
Parece, mas não é Comic Sans |
Então combinei com Hector, o estagiário da empresa, de ir para lá num domingo de sol. Fomos no carro dele, ao som de Gustavo Lima e Victor e Léo (sertanejo universitário bombava na Colômbia em 2012).
H: O que quer dizer "Tchê tcherere tchê" em português?
L: Hmmm o mesmo que em espanhol... nada!
H: Sério? Que decepção! Aqui nós cantamos "Quien quiere leche, quien quiere leche"
Depois de muitos tchus, tchas e tchererês (que infelizmente para o Hector não traziam nenhuma reflexão filosófica por trás) chegamos ao esperado Panachi!
O parque foi bastante surpreendente! Paisagismo e esculturas trabalhados por todo canto, em uma estética que combinava com o calor exacerbado que sentíamos.
Escultura árida |
Cuca fresca! Gotículas de água caíram bem |
Foram muitas fotos de palhaçada. Muitas mesmo.
E além do tour pelo parque, as grandes atrações: brinquedos gigantescos para diversão individual ou em dupla, para crianças e adultos. Tirolesas de grandes distâncias, escorregas à la Wet n' Wild (só que sem água) e cama elásticas à la Chucky Cheese.
I believe I can fly |
Será que sem água também é divertido? |
Hey, you, get off of my cloud! - Acrobacias na cama elástica poderosa |
E aí o Hector selecionou um brinquedo para irmos: El Columpio!!
Apesar do nome imponente, a descrição do Hector foi super tranquila: é basicamente um balanço, só que em proporções mais elevadas. Pensei: "ah, tranquilo, balanço é brinquedo de criança.". Mas ele não mencionou que era POR CIMA DE UM PRECIPÍCIO GIGANTESCO!!!1
El Columpio e o rio lááá embaixo |
Nem era de todo ruim, né? Dava para ir rolando caso acontecesse alguma coisa... |
E a inocente aqui que não sabia de nada criou coragem para ir no brinquedo. "Nossa, tem que colocar equipamentos tipo de Bungee Jumping antes de entrar?"
Sabe de nada, inocente |
Sento na cadeira e percebo que não vai ser tão tranquilo assim. O operador do Columpio me tranquiliza: "a gente só sobe a cadeira até onde vocês quiserem". Bem melhor assim!
Subiram um pouquinho e pararam. "Se eu falar alguma coisa agora, vai pegar mal. Deixa subir mais um pouquinho." Subiram mais um pouquinho e eu sugiro pro Hector "o que você acha de parar aqui?". Vejo a decepção do menino e deixo subir mais um pouquinho - mas agora não tem pergunta, é direto pros caras mesmo: "TÁ BOM AQUI, OK?". E nesse ponto eles deviam estar rindo maleficamente pois não pararam de subir, e a partir desse ponto não teve mais espanhol - segui com gritaria e palavrões em português mesmo porque no desespero não rola tecla SAP.
Não parei mais de gritar até o brinquedo parar. O coitado do Hector nem conseguiu se divertir de preocupação. Mas vejam que belo esse vídeo editado onde parece que o brinquedo é PURA DIVERSÃO!
Isso é Panachi. Só para os fortes.
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