Ainda com a intenção de olhar além das atrações principais, decidi listar aqui pequenos museus e coleções de arte privadas que possuem obras importantíssimas com menor enfrentamento de multidões.
A Frick Collection em Nova York, que infelizmente não permite fotografar, é belíssima não só pelo acervo mas pela arquitetura do prédio e pelos detalhes dos cômodos, exibindo além dos quadros peças de porcelana, tapeçaria e mobília. Dentre suas obras temos muitos exemplares do século XVIII, como os franceses Fragonard, Boucher e o inglês Gainsborough. Outros destaques seriam as obras Holandesas (incluindo três telas de Vermeer) e as telas de Goya e Ingres.
Uma das salas mais impressionantes da Frick pode ser vista no vídeo abaixo do projeto smart history e contém uma sequência de telas do Fragonard mostrando a "progressão do amor" (Les progrès de l'amour, 1732-1806).
Infelizmente, só há legendas "automáticas" em inglês, com muitos erros de transcrição.
Nessa mesma linha de cômodos preservados temos em Londres a Wallace Collection. Aqui, além da pinacoteca pessoal do colecionador, também rica no rococó francês, temos itens históricos e de guerra como armaduras e armas medievais.
Como no Museo Sorolla, o site da Wallace Collection permite visualizar virtualmente cada uma de suas galerias.
Como no Museo Sorolla, o site da Wallace Collection permite visualizar virtualmente cada uma de suas galerias.
Créditos da foto: The Wallace Collection |
Créditos da foto: Wallace Collection |
Ainda em Londres, a Courtauld Gallery (organização associada à Universidade de Londres) tem acervo invejável, com 12 telas de Cézanne, 9 de Seurat, 6 de Degas... e 29 (!) do Rubens (sério, esse cara devia fazer um quadro por dia... dá a impressão que todo museu da europa tem pelo menos uns 5 Rubens). Mas como qualidade importa mais que quantidade, acredito que a justificativa da visita está nas imagens abaixo (as fotos ficaram muito fracas infelizmente).
Nudo Seduto (Modigliani, 1916) |
Un Bar aux Folies Bergère (Manet, 1882) |
O último e talvez mais importante quadro de Manet, famoso pelo reflexo intencionalmente impossível da atendente do bar e do sujeito conversando com ela, que deve estar posicionado como quem vê o quadro. Infelizmente minha foto não captou bem os detalhes do quadro, como as perninhas da acrobata que deveriam aparecer no canto superior esquerdo.
Autoportrait à l'oreille bandée (Van Gogh, 1889) |
Nesse sentido também destaco a Phillips Collection (Washington DC) com o imperdível Déjeuner des Canotiers de Renoir. Só o quadro já vale o détour - o que aliás era exatamente a impressão que a família Phillips queria provocar ao adquirir o quadro em 1923, apenas dois anos após a abertura do museu, e num período em que Washington não era tão abastada em obras de arte.
Déjeuner des Canotiers (Renoir, 1881) |
Uma tela consideravelmente grande comparada à maior parte da produção impressionista, o almoço retratado num restaurante à beira do rio em Chatou transmite exatamente o que Renoir dizia buscar em seus quadros: a sensação de poder passear dentro deles.
Les paveurs e L'entrée du jardin public à Arles (Van Gogh, 1889 e 1888) |
Studio, Quai Saint Michel (Matisse, 1916) |
Aproveito para abrir o espaço para outras recomendações de museus pequenos nas grandes cidades. Alguma dica?