Há oito anos e meio, fui ao salão com um frio na barriga: ia pintar meu cabelo de vermelho. Muitas amigas já tinham passado por essa experiência e eu ficando só na vontade, era tempo de mudar.
Semana passada voltei a sentir o frio na barriga - era momento de voltar às raízes. Sim, porque continuei pintando o cabelo por quase nove anos. Assumi uma identidade ruiva, e o reality check que aquela tinta castanho escuro estava prestes a me dar parecia tão assustador quanto a primeira tingida.
Felizmente, deu tudo certo.
Mas foi engraçado ver a reação de algumas pessoas, até uma prima mais nova jurando que eu era ruiva de nascença, chocadas com a decisão de escurecer o cabelo.
Aí não resisti e vim fazer uma pequena retrospectiva desses anos enganando muita gente por aí...
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Familinha amada (com a Carol, uma prima que também herdou os genes ruivos) |
Claro, no começo eu não enganava ninguém. Pintei de vermelho mesmo, não ficou homogêneo, sofri muito bullying (tá boooom, foi só zoação saudável) ouvindo coisas do tipo "você sabe que essa cor não existe na natureza", me identificando com a Ariel e sendo muito rock n' roll.
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O dia em que pintei o cabelo (2006) - com outra prima ruiva, a Renata! |
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É quando o vento sacode a cabeleira, a trança toda vermelha... |
Foi uma época muito divertida, mas também envolveu muitas toalhas, roupas e lençóis manchados de tinta, horas de salão com a cabeça coçando e ardendo e meses perseguindo a colorista por diversos salões pelo Rio de Janeiro.
Até que decidi passar para um tom mais natural. Larguei minha colorista rock n' roll e não consegui encontrar ninguém que acertasse de primeira. Mas nada que o desbotamento de algumas semanas de shampoo não resolvesse.
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Não estou dentro d'água, gente! Minha blusa que é verde... |
Chegou o intercâmbio e a ruivice me fez ouvir muito "brasileira? até parece". Ok, não sou ruiva mesmo, mas conheço muitas ruivas naturais do Brasil, todas lindas *.*
O mundo não entende a diversidade do nosso país...
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Oktoberfest |
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Cerimônia de Présentation au Drapeau do meu primo na École Polytéchnique |
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Com paizolo, rumo à Marseille |
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com Mommy na Provence |
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Me sentindo em casa em Dublin |
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Qual é o pente que te penteia? |
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Raiz rumo às mechas californianas |
De volta ao Brasil, cortei o cabelo curtinho, deixei crescer, cortei de novo...
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Jam session |
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Show da L's Angels |
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Com o painel dOs Gêmeos no Ibirapuera |
Deu para aproveitar bem a ruivice. Agora é descansar os fios e curtir meus últimos anos sem cabelos brancos. Quando não tiver jeito e eu precisar voltar a ser dependente de salão, quem sabe o tom acobreado não volta...
6 comentários:
Linda de qualquer jeito! Mas esse ruivo da foto com a Valente tá perfeito! Não dá nem para desconfiar que é tintura.
Mas sempre é bom dar uma mudada. Adorei você morena :)
Mafalda já dizia: Não estou descabelada. Ė que meus cabelos tem liberdade de expressão.
Continua linda e charmosa!!
Junia
Adorei seu comentário Junia. A Mafalda tem ótimas tiradas! bjs
Muito divertida sua retrospectiva no passado recente, ilustrada com foto recente e chapéu de bem antes de vc nascer. Adorei! Bjs
Camillinha, obrigada amiga <3 <3 <3
Queria um ruivo perfeito que não desse trabalho, não custasse dindim, durasse o tempo que eu quisesse sem mostrar as raízes e não fizesse mal aos fios... Mas enquanto isso não é possível vou "deixando acontecer naturalmente" e curtindo as fotos antigas ;)
Junia, sensacional essa da Mafalda!
Me deu vontade de escrever sobre o Quino por aqui :)
E dinda, o passado pode até ser recente mas para mim foi super marcante! Mesmo semanas depois da "volta às raízes" ainda levo um mini-susto cada vez que vejo meu reflexo no espelho.
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